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Mato Grosso

Mendes: Presídios viraram centros de requalificação para o crime


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O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que, assim como acontece em outros presídios do País, a Penitenciária Central do Estado (PCE), localizada em Cuiabá, se tornou uma espécie de “centro de requalificação para o crime”.

Muito disso, em função do descontrole por parte do Estado nessas unidades, que acabam sendo comandadas por facções criminosas.

“O Estado não pode perder o controle – como perdeu em praticamente todo o Brasil. São raras as prisões que não são comandadas por facções criminosas. Aqui em Mato Grosso tínhamos há muitos anos perdido esse controle. Estamos retomando”, disse Mendes.

Vamos dizer a verdade que essa história de presídio no Brasil virou uma piada. Os presídios de uma maneira geral viraram quarteis generais do crime

A declaração foi dada na manhã desta sexta-feira (23), em entrevista ao Bom Dia MT, da TV Centro América.

Na oportunidade, o governador lembrou o controle que as facções exercem na unidade e classificou a PCE e demais presídios como “quarteis-generais do crime”.

“Vamos dizer a verdade que essa história de presídio no Brasil virou uma piada. Os presídios de uma maneira geral viraram quartéis-generais do crime”, afirmou.

Ele também voltou a defender a ação da Secretaria de Segurança Pública que, na última semana, deu início a uma operação de “varredura” dentro da unidade.

Na ocasião, foram encontrados, por exemplo, centenas de aparelhos celulares, freezer, micro-ondas, fogão, entre outros itens proibidos.

“Aqui no Estado o que estamos fazendo é retomando o controle dos presídios. A operação que estamos desencadeando nesse momento nunca foi feita aqui em Mato Grosso, segundo relatam os profissionais que trabalham lá”, disse.

“Estamos tirando das celas: geladeira, frigobar, micro-ondas, churrasqueira, whisky de valor elevado, comida, mercadinho controlado por facões criminosas”, acrescentou Mendes.

O governador citou, por exemplo, que nesta ação foi constatado que os detentos faziam buracos nas paredes e circulavam livremente entre as celas da PCE.

“Era uma verdadeira desorganização e tudo isso controlado pelo crime. Estamos reorganizando a cadeia, colocando ordem dentro do presídio. Porque se o Estado não for capaz de colocar ordem num quarteirão, onde ele tomou pessoas, privou da liberdade para aplicar a elas uma pena pelo descumprimento da lei, não teremos condições de aplicar a lei aqui fora”, concluiu.

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